Para se chegar a Avalon era preciso saber o encantamento que abriria as névoas e chamaria a barca que o levaria pelo lago até à ilha. Somente os iniciados e alguns homens do povo do pântano (que conduziam as barcas) sabiam o caminho para Avalon. Quem ousasse transpor as brumas sem saber o encantamento ficaria perdido, para sempre, vagando entre os dois mundos.

domingo, 18 de agosto de 2013

Morgana fala… .( Sobre o país das fadas )


                                              Morgana fala… 

Até hoje nunca soube quantas noites e dias passei no país das fadas – até hoje minha mente se torna confusa quando tento fazer a conta. Por mais que me esforce, não acredito que fosse menos de cinco, nem mais de treze. 

Tampouco tenho certeza do tempo que transcorreu fora dali, nem em Avalon, enquanto estive lá, mas como a humanidade registra melhor a passagem do tempo do que no país das fadas, sei que cerca de cinco anos se passaram.

À medida que envelheço, penso cada vez mais que talvez o que consideramos como o passar do tempo só acontece porque adquirimos o hábito, terrivelmente arraigado, de contar as coisas – os dedos de um recém-nascido, o nascer e o pôr do sol -, e por isso pensamos com muita freqüência no número de dias ou de estações que devem transcorrer antes que o grão amadureça, ou nosso filho cresça no ventre e seja dado à luz, ou que algum encontro muito desejado se concretize. 

E o registramos de acordo com o passar do ano e do sol, como o primeiro dos segredos sacerdotais. No país encantado, eu nada sabia do tempo, e portanto para mim ele não passava. 

Quando dele sai, descobri que já havia mais marcas no rosto de Gwenhwyfar e que a deliciosa juventude de Elaine começava a desaparecer. 

Minhas mãos, porém, não estava mais magras, meu rosto continuava intocado pelas marcas ou rugas, e embora em nossa família os cabelos embranqueçam cedo – aos dezenove anos Lancelote já tinha alguns cabelos brancos -, o meu estava tão negro e intocado pelo tempo quanto à asa de um corvo.

Cheguei a pensar que quando os druidas retiraram Avalon do mundo da contagem e do registro constantes, isso também começou a acontecer ali.

O tempo não flui sem medida em Avalon como num sonho, ou como no país das fadas.

 Não obstante, o tempo começou a correr ali mais devagar. Vemos a lua e o sol da Deusa e registramos os ritos nas pedras circulares, de modo que o tempo nunca nos abandona totalmente. 

Mas não corre paralelo ao tempo de outros lugares, embora se possa pensar que se os movimentos do sol e da lua fossem conhecidos de todos, o tempo em Avalon teria de passar do mesmo modo que no mundo lá fora… Mas não é assim. 

Nestes últimos anos, eu podia passar um mês em Avalon e descobrir, quando saia de lá, que toda uma estação ocorrera lá fora.

 E ao final daqueles anos, isso sucedeu mais amiúde, pois eu não tinha paciência para ver o que acontecia no mundo exterior. 

E quando as pessoas viam que eu continuava sempre jovem, então me consideravam, mais do que nunca, uma fada ou uma feiticeira.

Mas isso foi muito, muito tempo depois.

Pois quando ouvi a Raven dar aquele grito aterrorizador que varou os espaços entre os dois mundos e chegou até mim, onde eu estava, no sono intemporal do mundo encantado, eu parti… mas não para Avalon. 



Retirado de As Brumas de Avalon – A Grande Rainha, pág. 229 - 230






sábado, 17 de agosto de 2013

Sobre os celtas


                                 Templos

Frequentemente se diz que os povos celtas não construíam templos, adorando seus deuses apenas em altares em bosques. 

A arqueologia já provou que isto está incorreto, e várias estruturas de templos já foram encontradas em regiões célticas. 

Depois das conquistas de Roma sobre partes das regiões celtas, um tipo distinto de templo celto-romano se desenvolveu.

Ritos Celtas

Os primeiros celtas não construíam templos para a adoração de seus deuses, mas mantinham altares em bosques dedicados a serem locais de adoração.

 Algumas árvores eram consideradas elas próprias sagradas.

 A importância das árvores na religião celta pode ser mostrada pelo fato de que o nome da tribo dos Eburônios contém uma referência a yew tree, e nomes como Mac Cuillin (filho de acebo), e Mac Ibar (filho de yew) aparecem nos mitos irlandeses. 

Apenas durante o período de influência romana os celtas começaram a construir templos, um hábito que foi passado às tribos germânicas que os suplantaram.

Escritores romanos insistiam que o sacrifício humano era praticado pelos celtas em larga escala, e há indícios dessa possibilidade, vindos de achados na Irlanda, no entanto, a maior parte da informação sobre isso veio de rumores de "segunda mão", que chegavam a Roma. 

São poucas as descobertas arqueológicas que substanciam o processo de sacrifício, e assim, os historiadores modernos consideram que os sacrifícios humanos eram um acontecimento extremamente raro nas culturas Celtas.

Mas havia também, no entanto, um culto guerreiro centrado nas cabeças cortadas de seus inimigos.

 Os celtas muniam seus mortos de armas e outros pertences, o que indica que acreditavam na vida após a morte.

 Depois do funeral, eles também cortavam a cabeça do morto e esmagavam seu crânio para evitar que seu espírito permanecesse preso.

Nenhuma menção aos cultos celtas pode deixar de descrever os druidas. 

Esses sacerdotes representam simplesmente a classe mais ou menos hereditária de xamãs, característica de todas as sociedades indo-européias antigas. 

Em outras palavras, eles são o equivalente a casta brâmane indiana ou aos magi persas, e como estes um especialista nas práticas de magia, sacrifício e augurio.

 Eles eram conhecidos por ser particularmente associados a carvalhos e trufas; essas últimas talvez usadas na confecção de medicamentos ou alucinógenos. 

Outra figura importante na manutenção das lendas célticas era o bardo; aquele que, através de suas músicas, difundia os feitos de bravura dos heróis do passado. 

Desse ponto de vista a cultura celta não foi uma cultura histórica - do ponto de vista que não teve história escrita (ainda que os celtas possuíssem formas rudimentares de escrita, baseadas em traços verticais e horizontais).

 Suas histórias eram transmitidas oralmente, e os bardos eram particularmente bons nisso já que, uma vez que suas histórias eram musicadas, tornava-se fácil lembrar das palavras exatas que a compunham. 

Além disso, eles podem ter sido considerados uma espécie de profetas. 

Os historiadores Estrabo descreveu-os como "vates", palavra que significa inspirado, estasiado.

 É bem possível que a sociedade céltica tivesse, além da religião taumatúrgica e ritualística dos druídas, um elemento de comunicação estásica com o Além.

Resquícios Modernos 

Os modos e as crenças celtas tiveram um grande impacto na atualidade das regiões em que se encontravam. 

Conhecimentos sobre a religião pré-cristã ainda são comuns nas regiões que foram habitadas pelos celtas, apesar de agora estarem diminuindo. 

Adicionalmente, muitos santos não-oficiais são adorados na Escócia, como Saint Brid na Escócia (Brigid, na Irlanda), uma adaptação cristã da deusa de mesmo nome. 

Vários ritos envolvendo peregrinações a vales e poços considerados sagrados, aos quais creditam propriedades curativas, têm origem celta.

domingo, 26 de maio de 2013

O SANTO GRAAL - "O Misterioso Cálice Cristo"






O SANTO GRAAL - "O Misterioso Cálice Cristo"

Por Ubiratan S. Schulz

A existência de um antigo cálice escondido em algum lugar de nosso vasto mundo, como o imaginário Sangri-Lá, parece com certeza demasiadamente fantástica para ser aceito pelo espírito racional do leitor.


Todavia um exame das provas históricas, que provêm de países e locais muito afastados uns dos outros, demonstram a estreita semelhança das narrativas e das crônicas que falam deste famoso cálice, que durante séculos tem desenvolvido em nossos cérebros e corações evidências indubitáveis sobre a realidade dos fatos.

As lendas sobre o Graal são muito antigas. Todas suas ressonâncias cristãs são só coincidências que surgem da junção de certos símbolos, imagens ou estruturas profundas da mente humana (os arquétipos segundo os define C. Jung se baseiam em conceitos pré-cristãos e dos primeiros séculos do cristianismo).

Se nos restringirmos aos fatos, todos os textos que a nós chegaram, se referem a um período notavelmente breve da Idade Média, alguns entre 1.175 a 1.220, e outros, entre 1.220 e 1.230.

Contudo, em todos eles se nota o caráter pré-cristão das lendas antigas.

Nenhum escritor anterior a Idade Média menciona nenhum dos elementos fundamentais das lendas do Graal, e somente aparece como se lá colocado fosse, o nome de José de Arimatéia.

E depois nada voltou a se escrever sobre o assunto, dado ao início da repressão da igreja contra as heresias que pareciam florescer.

Mas como no século XIV, quando a triunfante Igreja já vencera as Ordens Templárias (Ordem dos Cavaleiros Hospitalarios, de São João; os Cavalheiros Teutônicos,etc), teve então um pequeno ressurgimento das novelas e cantos épicos, nas quais as velhas lendas já apareciam devidamente cristianizadas.

Então o Graal e os Cavaleiros foram reduzidos à condição de elementos "Românticos", e a lenda se convertera em novela. 

Procuremos então a informação no grupo das "lendas" onde sobreviveram os símbolos e as pistas que nos permitirão aprofundar-nos nos mistérios dos símbolos dos Guerreiros Sagrados, e em particular no mais misterioso de todos: o Graal.

O primeiro livro a esboçar uma visão grandiosa de Artur foi a Historia Regum Britanniae (História dos Reis da Bretanha), considerado por alguns historiadores como um dos principais manuscritos da Idade Média.
Concluída em 1.136, foi escrita por Geoffrey de Monmouth, clérico e professor de Oxford. Geoffrey afirmava ter utilizado como fonte de pesquisa um antigo livro escrito em idioma britânico, embora não haja vestígios desse volume misterioso e nesse momento introduz Merlim, que sem discussão é o mais famoso mago de todos os tempos. Em um relato, Merlim faz os megalitos de Stonehenge voarem da Irlanda até a planície de Salisbury na Inglaterra.

Geoffrey também descreve a maneira como Merlim fez os arranjos para que Uther Pendragon (na antiga Bretanha, um Pendragon impunha-se aos diversos reis) chegasse até Igraine, a linda duquesa da Cornualha, disfarçado como seu marido. Após esse encontro a duquesa engravidou, tendo concebido Artur.

Existe outra lenda que afirma que Lúcifer quando foi expulso dos céus, trazia uma pedra colada na testa, uma esmeralda que funcionava como um terceiro olho.

Quando Lúcifer foi atirado à Terra, a esmeralda partiu-se e a sua visão ficou prejudicada. Um pedaço permaneceu em sua testa dando-lhe uma visão distorcida de sua situação como um anjo caído, e o outro fragmento foi guardado pelos anjos.

 Mais tarde, o Graal foi esculpido deste segundo pedaço. De acordo com "A Batalha de Mag Tured", a tradição irlandesa menciona que os Tuatha (o conjunto dos iguais, a nação ou os pares que compartem a uma categoria de cidadãos que na saga se referem a uma nação gloriosa e superior), se dirigiram à Ilha Maravilhosa, a Avalon, a Thule - a misteriosa ilha do mar do norte - (ver Sexto Sentido nº11), levando quatro objetos: uma pedra, chamada "A Fatídica", a pedra, jóia ou cristal do destino que permite explorar o futuro e adivinhar quem era o legítimo Rei (será que estamos falando das pedras negras de Lilith?); uma lança capaz de tornar invencível o Guerreiro que a portar (a lança que feriu Jesus, o Cristo na cruz e chegou as mãos de Adolf Hitler - ver Sexto Sentido nº11);  uma espada, a inexorável Escalibur (Caliburn), a espada cuja invencibilidade se relaciona com a legitimidade da mão que a empunha e finalmente uma copa ou cálice, a copa de Dagdé, inesgotável como uma cornucópia, cujo conteúdo saciava a todos os guerreiros, repondo suas forças e Curando suas feridas, não sem antes elevar seus espíritos. 

Existe um local sagrado chamado Glastonbury impregnado de magias e lendas, que remonta à era pagã.

Segundo a tradição, ali seria o antigo sítio da etérea ilha de Avalon, para a qual Artur teria sido levado para que seus ferimentos fossem curados pela fada Morgana.

Hoje Glastonbury é uma cidade pequena, mas movimentada, porém há muitos séculos, a comunidade encerrava-se em uma ilha, cercada de pântanos que foram com os tempos drenados.

Seu antigo nome celta era Ynis Witrin, ouilha de vidro. Segundo a lenda, o cristianismo chegou cedo a Glastonbury. José de Arimatéia teria sido o fundador da vila no primeiro século da era cristã.
E com ele teria trazido doze missionários e o Santo Graal.

No seu "Parsifal", Wolfram Von Eschenbach menciona que obteve dados na obra de um certo "Kyot, o Provençal", que teria encontrado a lenda de Parsifal e o Graal nos textos pagãos decifrados por ele, graças ao seu conhecimento dos "caracteres mágicos" (as runas?).

Anuncia-se que: "Esta história.. não se conta a gente que não pode compreende-la".

E acrescenta: "Somente se devem revelar seus segredos a àqueles a quem Deus dotou de forças suficientes.
A grande história do Graal jamais foi estudada pelos homens mortais".

Vamos falar agora da Bretanha ou Britania, terra dos Brittons ou Betrões de onde vem a história do pai do Rei Arthur, Uther Pendragón e de seu irmão mais velho, o pai de Merlin (Myrddin, cujo nome mudou com os séculos para Merlin), Ambrosius Pendragón que participava de rituais secretos de adoração ao Deus Mitra (SOL), um deus de Guerreiros, de raízes indo-árias, que chegou a Bretanha junto com as legiões Romanas.
Isto daria algumas luzes sobre certas inquietantes coincidências entre as sagas do Graal e outros grandes mitos do oriente, dos povos ários do Irã e da Índia como também do povo semítico dos Árabes.
O Rei Uther era descendente direto do Rei Pescador ou José de Arimatéia, o portador do Graal Sagrado, a copa ou cálice da Suprema Maravilha.

É um cálice de ouro, de acordo com a maioria das tradições, embora outros afirmem que está confeccionada com uma pedra, com propriedades maravilhosas, ou com uma gema preciosa, possivelmente uma esmeralda.

Porém é, em todo o caso, um cálice resplandecente cujo brilho é ofuscante que emana do próprio objeto e não é reflexo de outra luz.

Uma de suas peculiaridades físicas é que pode em determinadas circunstâncias, aumentar ou diminuir seu peso, de acordo com as qualidades de quem o toma.

Não obstante, tomando do cálice, a velhice demora por chegar e José de Arimatéia chegou aproximadamente a idade de 500 anos. 

Este José era um cidadão nobre e pagão que chega a Palestina e obtém o favor do procurador romano Pôncio Pìlatos, graças a valiosos serviços prestados.

Depois da crucificação, José de Arimatéia obtém de Pilatos a autorização para que lhe entreguem o corpo de Jesus, leva o corpo e recolhe o sangue que ainda sai dele numa lindíssima copa de ouro (Jesus sangrando estaria vivo?).

Supostamente este bom cidadão pagão pediu o corpo de Jesus para limpá-lo, ungi-lo e dar-lhe digna sepultura. Mais tarde, José recebeu o batismo.

O mesmo Jesus o ungiu com óleos, como aos reis, dando-lhe qualidade de primeiro bispo da cristandade.

Com estes mesmo óleos consagrados, vindos diretamente das mãos de Jesus, foram consagrados os reis britânicos ,até Uther Pendragón, pai de Arthur.

Talvez estes óleos estejam guardados no Graal e constituam a substância maravilhosa.

Uma das lendas menciona como só o cheiro do conteúdo do Graal, delicioso e poderoso, bastou para deixar satisfeitos e recuperados os cavaleiros presentes.
E, uma vez mais encontramos um aberto desafio herético, à doutrina da Igreja! 

José não era Cristão, contudo recebeu do mesmo Jesus tanto o Graal quanto à unção!

Roberto de Bron faz alusão a uns misteriosos antepassados de José de Arimatéia, seres solares do Oriente, que obviamente não eram cristãos. 
Os Templários trouxeram de suas viagens muitas histórias sobre o "Reino de Preste João". "Preste" é uma abreviação de "presbítero", título ocasionalmente adotado por sacerdotes e anciões. 

O nome próprio pode ter vindo de João, o apóstolo que escreveu o quarto evangelho.

Se o império de Preste João foi tão magnífico quanto aparece descrito em alguns relatos e cartas, as glórias de Roma e Constantinopla são triviais comparadas a ele.

Dizem que ele é um descendente da linhagem dos Magos, mencionada no Evangelho.

Geograficamente, essa região estende-se do Turquestão ao Tibet e do Himalaia ao deserto de Gobi.

A situação do local apresenta estranhas analogias como este sendo o domínio dos Hierarcas (Mestres), descritos por Filóstrato na biografia de Apolónio de Tiana.

Esta região distante estava cheia de maravilhas e o misterioso Imperador Indiano regia-a com um Danda (cetro) de esmeralda pura.

Vivia dentro de um palácio de cristal e seu leito era de safira. 

Seus trajes eram feitos com lã de salamandra e purificados na chama do fogo.
Cavalgava dragões voadores e diante de seu palácio, encontrava-se um espelho no qual o soberano podia observar todos os acontecimentos que se davam, não só nas províncias do seu reino, mas também nos países vizinhos. 
E, a maior atração era provavelmente a "Fonte da Eterna Juventude".
Quando se desejava rejuvenescer, bastava-se observar um tempo de jejum e depois beber três goles de água da fonte.
A doença e a velhice desapareciam e voltavam aos trinta anos.

Diz-se que o próprio Preste João prolongou a sua vida até idade de 562 anos.
Podemos então por ai estabelecer estanhas e interessantes coincidências.

A Ordem do Templo foi fundada em 1.118. Em 1.184, o trovador e cavaleiro Wolfram Von Eschenbach, escreveu Titural, no qual condensa todas as lendas sobre o Graal.
Subentendia ele que existia uma relação entre o Graal e a Ásia e descrevia-o como uma pedra (und dieser Stein ist Gral gennant - e esta pedra tem o nome de Graal).

Será que ela falava de Shamballa e da pedra Chintamini? De fato, Wolfran liga lenda do Graal à de Preste João. 

O seu Parsifal levava à taça sagrada (ou a pedra) para a Ásia, onde está até hoje guardada em uma grande gruta sagrada, sob proteção dos irmãos maiores ou como também são chamados de Hierarquia Branca dos Himalaias, Grande Irmandade Branca, G.O.M. ou Governo Oculto do Mundo, etc.
(ver SEXTO SENTIDO N° 13 - S.D.M.).

Existe na Índia, desde tempos imemoriais, um festival chamado de Kumbha Mela, o Festival dos Cântaros de Cerâmica.

Segundo suas escrituras, deuses e demônios trabalharam juntos em um antigo passado para extrair do oceano o néctar da vida eterna, chamado "amrita", que era recolhido em um cântaro chamado de "Kumbha Dourado".
Então há milhares de anos até os tempos atuais é utilizado o "Graal" em rituais e práticas (pujas) pelos Indianos, onde este vaso ou cálice é chamado pela "ciência mística experimental" de
Kamandalu.
O material do qual ele é feito deve ser o mais puro e natural possível e, dependendo da tradição religiosa, o material se diferencia e vai do ouro a prata ou bronze até madeiras (como a tigela de Buda), pedra, coco e até crânios humanos. 

O mais interessante é que nos livros sagrados da Índia e os próprios homens santos (Sadhus) afirmam que dentro do Kamandalu é que está o néctar divino, o Amrita, a bebida da imortalidade ou como os cristãos nomearam: "A Água da Vida". 
Prestem bem atenção, eu disse "Água" um liquido
puro, sagrado, que contem vida e não qualquer outro elemento.

Existe outra história, muito bem contada, com detalhes inúmeros, que nos fala da ida de Jesus, após a crucificação para a Índia, mais especificamente para a Cachemira, culminando com o seu tumulo na cidade de Srinagar no bairro ou subúrbio de Rauzibal Khanyar. 

O tumulo de Yuz Assaf!.


O profeta que realizou diversos milagres, vinha de uma terra estrangeira e é também conhecido com Iésu, Issa e morreu já muito velho no ano de 109 d.C.


Mais isso é assunto para outra reportagem!


Artigo publicado na edição nº18 da Revista Sextido

> Total autorização do autor e da editora

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O Mundo dos celtas



Aquele povo nórdico mantinha uma vida simples se comparada com a do mundo civilizado atual, e primava pela utilização das forças telúricas em todos as suas atividades, expressas basicamente através de ritos propiciatórios. 

Consideravam a natureza como a expressão máxima da Deusa Mãe. 

A divindade máxima era feminina, a Deusa Mãe, cuja manifestação era a natureza, por isso a sociedade celta embora não fosse matriarcal mesmo assim a mulher era soberana no domínio das forças da natureza.

Na realidade a corrente migratória atlante direcionada para a Europa Ocidental não primou pelo desenvolvimento tecnológico, ela não deu prosseguimento, por exemplo, à utilização ao desenvolvimento da ciência dos cristais como fonte de energia. 


Preferiram a utilização da energia inerente aos canais das forças telúricas mais simples , e mesmo assim de uma maneira não tecnológica.

Os celtas entendiam que a terra comporta-se como um autêntico ser vivo, que nela a energia flui tal como nos meridianos de acupuntura de uma pessoa. 


Eles sabiam bem como se utilizarem de meios de controlar essa energia em beneficio da vida, das colheitas e da saúde.

O grande desenvolvimento dos celtas foi no campo de como manipular a energia sem o envolvimento de tecnologia alguma, somente através da mente.


 Enquanto outros descendentes da Atlântida usaram instrumentos, os  que migraram para o oeste europeu, dos quais bem tardiamente surgiu como civilização celta, usaram apenas pedras, na maioria das vezes sobe a forma de dolmens de menhires .

Geralmente pedras eram usadas como meios para o desvio e canalização de energia. 

As construções megalíticas eram drenadores, condensadores de energia telúrica, com elas os descendentes da Atlântida criavam "shunts" nos canais de força telúrica, desviando-a para múltiplos fins.

Os Celtas chegaram a ter pleno conhecimento de que as forças telúricas podiam ser controladas pela mente, que a energia mental interagia com outros campos de forças, e que a energia mental podia direcionar aos canais, ou até mesmo gerar canais secundários de força.


 Sabiam o que era a energia sutil, e que podiam aumentá-la de uma forma significativa mediante certos rituais praticados em lugares especiais. Para isto escolhiam e preparavam adequadamente os locais ideais para suas cerimoniais religiosas.

A realização dos festivais celtas não se prendia somente à localização, também tinham muito a ver com a época do ano, com determinadas efemérides, por isto ocorriam em datas precisas, ocasiões em que as forças cósmicas mais facilmente interagiam com as forças telúricas.

Os celtas sabiam que a energia telúrica sofria reflexões e refrações ao tocar coisas materiais, tal como ensina atualmente o Feng Shui, por isto é que eles praticavam seus rituais religiosos totalmente despidos.


 Isto não tinha qualquer conotação erótica, era antes um modo para a energia não ser impedida ou desviada pelas vestimentas.

Também tinham conhecimentos de como viver em harmonia com a terra, da importância de manterem a terra sadia, assim sendo evitavam mutilá-la inutilmente e até mesmo da importância de tratá-la. 


Tal como um acupunturista trata uma pessoa quando o fluxo de energia não esta se processando de uma forma adequada, da mesma forma eles procediam com relação à "Mãe Terra".

Estabeleciam uma interação entre a energia a nível pessoal com a energia a nível planetário e também a nível sideral.

É todo esse conhecimento que está sendo liberado progressivamente. 


Agora que o homem moderno está começando a compreender que a terra foi dilapidada, atingida em sua integridade precisa urgentemente ser tratada vêm ressurgindo conhecimentos antigos, espíritos aptos estarão encarnando na terra para desenvolverem métodos precisos visando à correção dos males provocados.

 Assim é que estamos vendo o desenvolvimento da Radiestesia, da Rabdomância, do Feng Shui e de outras formas de atividades ligadas às energias que fluem na terra. 

Os princípios preconizados pela Permacultura serão aceitos progressivamente e a humanidade passo a passo irá se integrando a um sistema de vida holístico.

Na realidade não se pode falar de religião céltica sem se falar da religião druídica.

Os cerimoniais célticos tinham um conteúdo "mágicko" bem mais intenso que os druídicos pois neles havia uma comunhão muito grande entre o homem e a natureza. 


Esse lado mágicko e mais ainda o exercido de alguns rituais com os participantes despidos foi motivo de escândalo para os católicos que os viram pela primeira vez.

O catolicismo primitivo, tal como um furacão devastador apagou tudo o que lhe foi possível apagar no que diz respeito aos rituais célticos, catalogando-os de paganismo, de cultos imorais e tendo como objetivo a adoração da força negativa. 


Na realidade isto não é verdade, os celtas cultuavam a Mãe Natureza.

 Mas, bastaria isto para o catolicismo não aceitar a religião celta, pois como aquela religião descendente do tronco Judaico colocava a mulher como algo inferior, responsabilizando-a pela queda do homem, pela perda do paraíso. 

Na realidade o lado esotérico da religião hebraica baniu o elemento feminino já desde a própria Trindade. Como já dissemos em outros temas, todas as Trindades das religiões antigas continham um lado feminino, somente não a hebraica.

A Igreja Católica, derivada do hebraísmo ortodoxo, também mostrou ser uma religião essencialmente machista e como tal lhe era intolerável à admissão de uma Deusa Mãe, mesmo que esta simbolizasse a própria natureza.

Mesmo que o Catolicismo assumisse uma posição machista isto não foi ensinado e nem praticado por Jesus. Ele na realidade valorizou bem a mulher e, por sinal, existe um belíssimo evangelho apócrifo denominado "O Evangelho da Mulher".


 Também nos primeiros séculos do Cristianismo a participação feminina era bem intensa. 

Entre os principais livros do Gnosticismo dos primeiros séculos, conforme consta nos achados arqueológicos da Biblioteca de Nag Hammadi consta o Evangelho de Maria Madalena mostrando que os evangelistas não foram apenas pessoas do sexo masculino.

Na realidade Jesus apareceu primeiro às mulheres, e segundo o que está escrito nos documentos sobre o Cristianismo dos primeiros séculos, via de regra, por cerca de 11 anos depois da crucificação Jesus continuou a ensinar e geralmente fazia isto através da inspiração, algo como mediunidade, e isto acontecia bem mais freqüentemente através das mulheres.

Sabe-se que o papel de subalternidade do lado feminino dentro do Cristianismo foi oficializado a partir do I Concilio de Nicéia no ano 325. 


Aquele concílio, entre outras intenções visou o banimento da mulher dos atos litúrgicos da igreja. Ela só podia participar numa condição de subserviência. 

O catolicismo que nasceu da ala ortodoxa do Cristianismo primitivo que continha em seu bojo a influência judaica no que diz respeito à marginalização da mulher no exercício das atividades sacerdotais.
Por isto, e por outras coisas, as autoridades católicas não podiam tolerar o celtismo, cuja religião era mais exercida pelas mulheres. 

Existam as sacerdotisas que exerciam um papel mais relevante que a dos sacerdotes e magos. 

Naturalmente os celtas eram muito apegados à fertilidade, ao crescimento da família e ao aumento da produção dos animais domésticos e dos campos de produção e isto estava ligado diretamente ao lado feminino da natureza.

 Também a mulher é mais sensitiva do que o homem no que diz respeito às manifestações do sobrenatural, do lado mágicko da vida, portanto é obvio que elas canalizassem mais facilmente a energia nos cerimoniais, que fossem melhores intermediárias nas cerimônias mágickas. 

Assim é que o elemento básico da Wicca não tinha como base primordial o homem e sim na mulher, cabendo àquele a primazia nos assuntos não religiosos.


Fonte :José Laércio do Egito  (F.R.C )




"O menir, monólito erguido verticalmente no solo, por vezes afeiçoado, podia ser retirado de fraturas geológicas ou trabalhados a partir de peças já existentes no chão. 

Admitiam formas cilíndricas, cônicas ou ovoides e, às vezes, eram esculpidos por forma a ganharem o recorte de gigantescos falos. Este sentido fálico dos menires liga-os a cultos de fertilidade. 

O Dólmen ou Anta era uma espécie de grande mesa formada por pedras verticais (esteios) e uma de cobertura (mesa ou tampa).

 Os dólmenes originalmente estariam cobertos por colinas de terra, designadas por mamoas, assumindo-se como um pequeno acidente topográfico artificial. 

O acesso à câmara (que possuía forma poligonal) era feito por um curto corredor ao ar livre.

 A tendência para orientar estas construções a nascente denuncia rituais ligados ao culto solar mas é possível associar estas construções subterrâneas ao culto dos mortos, uma vez que se verificavam aqui enterramentos coletivos."

Fonte :Arquitetura Megalítica. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-04-08].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$arquitectura-megalitica>.

sexta-feira, 29 de março de 2013

As Deusas de Avalon


                            AS DEUSAS DE AVALON...
 
As Deusas que possuem uma forte ligação com a Ilha Sagrada de Avalon, são as Deusas Irlandesas: Dana, Brighid e Morrighan. 


Além das Deusas Galesas, conhecidas como as guardiãs dos mistérios: Arianrhod, Blodeuwedd, Branwen, Cerridwen e Rhiannon .

Blodeuwedd - Deusa do Amanhecer. É reverenciada em Avalon como a Deusa dos novos começos e da capacidade de renovação.


 O nome Blodeuwedd significa "Rosto de Flor", representada muitas vezes, como um lírio branco.

Morrighan - A Grande Rainha. Deusa da guerra e do amor físico. Senhora Suprema da Guerra, possuía uma forma mutável e o poder mágico de predizer o futuro. 

Dana - Deusa Mãe da Irlanda. Deusa da fertilidade, da vida e da abundância

As Deusas de Avalon não são apenas mulheres lindas e misteriosas, são fortes referências de uma antiga religião druídica, muito além das ilusões criadas pelo homem. 

A metáfora fortalece os mitos para que, através das lendas, possam se propagar pelos séculos afora, rompendo a barreira do tempo, jamais se esquecendo que a verdadeira força está no equilíbrio... 

As Deusas, em suas diferentes faces, representam à energia criadora de todas as coisas viventes e possuem funções específicas, tais como: soberania, guerra (bravura) e proteção, além dos seus próprios atributos individuais.

Essa é a mensagem de Avalon, das Deusas Celtas e dos mistérios Arthurianos. 

Quando a dedicação é sincera e a busca constante, os caminhos se abrem e a verdade sempre nos é revelada.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Lendas dos celtas


Há milhares de anos o povo celta viveu na Irlanda. Para eles, todos os elementos da Natureza – pedras, árvores, água, terra – eram sagrados.

Além disso, eles valorizavam a amizade como um bem precioso. Em gaélico (idioma celta), Anam Cara significa amigo da alma. 

No Castelo Blarney fica a famosa Pedra Blarney. Dizem que ao beijá-la, a pessoa ganha o dom de falar muito bem em público.


Para beijá-la, o visitante tem de inclinar-se para trás, segurando-se a um corrimão. Nem sempre foi assim, antes era agarrado pelos pés o peregrino que quisesse beijá-la.
 É preciso fazer um exercício daqueles para alcançá-la no parapeito.

Segundo uma lenda, uma velha, salva de um afogamento por um rei, criou o feitiço como agradecimento para que o monarca, ao beijar a pedra no castelo, tivesse o dom da palavra e tudo mais o que desejasse.

domingo, 20 de janeiro de 2013

O CAMINHO DO MAGO


O Caminho do Mago    

1ª Lição – Existe um mago dentro de todos nós. Esse mago tudo vê e tudo sabe. O mago está além dos opostos da luz e das trevas, do bem e do mal, do prazer e da dor. Tudo o que o mago vê tem suas raízes no mundo invisível. A natureza reflete o estado de alma do mago. O Corpo e a mente podem adormecer, mas o mago está sempre desperto. O Mago possui o segredo da imortalidade.

2ª Lição – A volta da magia só pode acontecer com o retorno da inocência. A essência do mago é a transformação.

3ª Lição – O Mago observa o mundo ir e vir, mas sua alma habita as esferas de luz. Seu corpo é apenas o lugar que suas memórias chamam de lar.

4ª Lição – Quem sou eu? É a única pergunta que vale a pena ser feita e a única que jamais é respondida. É seu destino desempenhar uma série de papéis, mas esses papéis não é você.

5ª Lição – Os magos não acreditam na morte. A luz da consciência, tudo está vivo. Não existem inícios ou fins. As moléculas se dissolvem e se extinguem, mas a consciência sobrevive à morte da matéria na qual ela viaja.

6ª Lição – A consciência do mago existe em toda parte.

7ª Lição – Quando a sua percepção for purificada, você começará a enxergar o mundo invisível – o mundo do mago. Purificar-se consiste em livrar-se das toxinas da sua vida: emoções tóxicas, pensamentos tóxicos e relacionamentos tóxicos.

8ª Lição – O Poder do mago é o poder do amor, todos os outros poderes são destrutivos.

9ª Lição – O Mago vive num estado de conhecimento. Esse conhecimento é sua própria realização.

10ª Lição – Todos temos um eu-sombra que é parte de nossa realidade total, quando a sombra é curada se transforma em amor.

11ª Lição – O Mago é mestre na transformação, em busca da perfeição.

12ª Lição – A Sabedoria está viva, a incerteza que você sente interiormente é a porta de entrada para a sabedoria.

13ª Lição – A realidade de sua experiência é uma imagem especular dos seus pensamentos e expectativas.

14ª Lição – Os magos não lamentam as perdas, porque a única coisa que pode ser perdida é o irreal.

15ª Lição – O amor é mais que uma emoção, é uma força da natureza e, portanto tem que conter a verdade. O amor mais puro está onde é menos esperado, no desapego.

16ª Lição – Existem infinitas esferas de consciência, o mago sabe que existe simultaneamente em todas.

17ª Lição – Os buscadores nunca se perdem, pois recebem continuamente orientações espirituais que as pessoas chamam de coincidências. Não existem coincidências para os magos, cada acontecimento revela um plano espiritual Divino.

18ª Lição – A imortalidade da alma deve ser vivida hoje na mortalidade do corpo. O Mago tem consciência da batalha entre o ego e o espírito, mas sabe que ambos são imortais.

19ª Lição – Os magos não condenam os desejos, sabe que são sementes para germinar. Ensinam que você deve acalentar os desejos do seu coração por mais triviais que sejam, pois o conduzirão a Deus.

20ª Lição – O Maior bem que você pode fazer ao mundo é tornar-se um mago.



Autor : Deepak Chopra
Do Livro: O Caminho do Mago