Para se chegar a Avalon era preciso saber o encantamento que abriria as névoas e chamaria a barca que o levaria pelo lago até à ilha. Somente os iniciados e alguns homens do povo do pântano (que conduziam as barcas) sabiam o caminho para Avalon. Quem ousasse transpor as brumas sem saber o encantamento ficaria perdido, para sempre, vagando entre os dois mundos.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Ritual de Yule

Uma tradição originada no Reino Unido ( e mais tarde largamente difundida pela Europa) era praticada nos tempos antigos : "a Tora de Yule", um tronco de carvalho ou freixo era cortado e decorado com ramos verdes e cones de pinheiro, eles eram queimados na lareira para  simbolizar o retorno do Sol.

Um porção da "Tora" era guardada para  iluminar os anos seguintes de Yule, permitindo que a casa permanecesse aquecida durante  todo o ano. Alguns diziam que a "Tora" não só iluminaria como espantaria a má sorte e as assombrações.

Os pagãos modernos criaram um  modo mais atual de celebração em substituição à  antiga "Tora de Yule".
Se constitui num pequeno tronco que é usado como base pra apoiar 3 velas...Proceda da seguinte maneira: Descubra um pequeno galho de carvalho, freixo ou pinheiro e achate um dos lados. escave  3 buracos para por  uma vela vermelha, verde e branca (representando o  Inverno), verde, dourada e preta (o Deus Sol), ou branca, vermelha e preta (a Grande Deusa).


Decore com folhagens verdes (azevinho ou hera)  com suas favoritas, arcos vermelhos e dourados, botões de rosa, cravo e polvilhe com farinha branca. Esta Tora poderá então ser queimada, ou guardada para ser reutilizada no ano seguinte, redecorada com ramos  frescos.

Tire da árvore  apenas o necessário pra fazer a "Tora", e que seja pedida permissão á árvore e um presente seja oferecido a ela em troca(os celtas  por vezes ofereciam leite).


Ritual SugeridoTome um banho ritual e limpe o local da maneira habitual (varra com a vassoura ritual e passe pano molhado com desinfetante na área).

Lance o círculo da maneira habitual, invoque suas Deusas e Deuses pessoais. Então pegue a vela do Deus usada  no Samhain, de frente pro altar diga:"como esta vela representa o Senhor do Sol, sua morte e seu renascimento esta vela iluminará o seu retorno."Apanhe uma vela no altar e ilumine  a vela do Deus.

 Levando a vela do altar com você, circunde o  altar  movendo-se em volta da "Tora de Yule". acenda a vela dizendo:"Abençoda seja a Deusa em seu aspecto de Donzela, pura e jovem.


 Possa todo o mundo  renascer jovem como ela de novo"Acenda a segunda vela dizendo:"Abençoada seja a Deusa no aspecto de Mãe, amável e forte. Possam todos que vem do  útero Dela sejam fortes e frutifiquem"Acenda a terceira vela dizendo:"Abençoada seja a deusa no seu aspecto de Anciã, poderosa e sábia. Guardiã da Magia e da Roda Vital.


"Volte-se agora a Tora de Yule que foi acesa, ponha a vela no altar neste local. Volte de frente pro altar e de pé  com a face voltada pra Leste, fale estas palavras:
"Nesta noite o Senhor do Sol é renascido, a Deusa e o Deus estão reunidos. 


Como o Sol retorna  e faz a roda do ano girar mais uma vez, nós  honramos a Deusa eo Deus e o recém-nascido Deus, nosso Mãe e Pai."




Agora é tempo  de algumas atividades sazonais que você tenha planejado para esta noite, Magia não é realmente apropriada, faça  uma mentalização pela Paz, Harmonia, Amor e  aumento da Felicidade.

Outras atividades podem ser incluidas, tais como   cantos, decoração da àrvore de Yule. Ao acabar celebre com bolos e ceveja, então encerre o Círculo da forma habitual...

Extraido do site "Silver Wolf"s Lair"Tradução Deolinda...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Yule ( Solstício de Inverno )

21 de Dezembro) H. Norte / (21 de Junho) H. Sul


Esse é o Solstício de Inverno, a noite mais longa do Ano. A partir desse dia, o Sol se aproxima da Terra, e a escuridão do inverno ameaça ir embora. É quando a Deusa dá à luz seu novo filho, o Deus renovado e forte, ainda bebê. É importante notar que no hemisfério norte o Yule é comemorado na mesma época do Natal, e que tem significado muito parecido com o feriado cristão: o nascimento do Deus menino, filho de um Deus maior, aquele que trará a esperança à Terra.


O hábito de trazer pinheiros para dentro de casa é um hábito totalmente pagão: o Pinheiro, o azevinho, e tantas outras árvores tão utilizadas no Natal são árvores cujas as folhas perenes e sempre verdes, e por isso simbolizam a continuação da vida. Os sinos são símbolos femininos de fertilidade, e anunciam os espíritos que possam estar presentes. É desta data antiga que se originou o Natal Cristão.


As coroas que se colocam nas portas, e nas paredes representam a Roda Solar ou Sun Cross; maçãs, doces, azevinho, e fogueiras são outras caraterísticas de Yule.


Antigamente acendiam-se grandes fogueira nesta festividade, e dançava-se ao redor delas girando muitas vezes como uma forma de atrair as mudanças tanto internas como externas.
Podemos ver aqui a semelhança com a festa de São João e os motivos pelos quais a igreja a determinou, ainda que de uma forma bastante distorcida.


Posteriormente o tronco de Yule foi trazido para dentro das casas, e nele se talhavam sois, símbolos mágicos ou figuras masculinas, e era depois decorado com folhas.
Belém, a manjedoura, etc, não são nada mais que a recriação da “Caverna Sagrada” onde a Mãe dá a Luz à Criança-Sol; a caverna contêm em seu simbolismo a estabilidade da Terra e a sua energia, representando a quietude do inverno e a escuridão protetora que existe no interior do ventre da Grande Mãe.

Apesar de no Brasil termos o costume de dizer que trata-se do “primeiro dia de inverno”, a data por volta de 21 de junho simboliza o meio do inverno, ou seja, quando o inverno está no ápice. Tanto é que, originalmente, o nome é “middle-winter” (em inglês, meio do inverno).

Na noite do Solstício de Inverno, o Deus nasce para a sua mãe virginal. Vale lembrar que o significado original da palavra "virgem" é bem diferente da sua conotação moderna, ou seja, a mulher que nunca teve relações sexuais. Esse termo originou-se do Paganismo greco-romano, segundo o qual uma virgo intactus era uma mulher inteira e completa em si mesma. Ela não tinha necessidade de uma família para atingir a totalidade. Geralmente era uma sacerdotisa, livre para ter quantos amantes quisesse.



Celebrar o Solstício de Inverno é reafirmar a continuação dos ciclos da vida, pois Yule é o tempo de celebrar o espírito da Terra, pedindo coragem para enfrentar os obstáculos e dificuldades que atravessaremos até a chegada da Primavera. É momento de contar histórias, cantar e dançar com a família, celebrando a vida e a união. E de se acender fogo - fogueira, velas - como elemento mágico capaz de ajudar o Sol a retornar para a nossa vida, corações e mentes.

Para quem está em sintonia com a natureza e as forças divinas que existem dentro de nós, que esta seja uma linda noite de Yule e que o retorno da Luz ilumine as nossas vidas! 

Tabela básica das correspondências de Yule

• Incensos: Mirra e cedro.
• Cores: vermelho, verde, dourado, branco e prateado.
• Bebidas: vinho condimentado com especiarias, sidra com canela, chá de hibisco e gengibre.
• Ervas: Hera, Louro, Cedro, Alecrim, Pinho, Laranjeira, Nozes, Limões e canela em rama ao redor da árvore de Yule
• Comida: nozes e frutas como: maçãs, peras, tortas e bolos molhados com sidra, o famoso bolo-tronco de Yule.
• Tradições: Decorar a árvore de Yule, queimar o tronco de Yule, fazer coroas para proteger nossos lares.



Era um tempo ideal para colher o visco, considerado muito mágico para os Antigos Druidas, que o chamavam de o “Ramos Dourado”.


 Os druidas acreditavam que o visco possuía grandes poderes de cura e possibilitava ao homem mortal acessar o Outro Mundo. O visco é um dos símbolos fálicos do Deus e possui esse significado baseado na idéia de que as bagas brancas representam o Divino sêmen do Deus, em contraste às bagas vermelhas do azevinho, semelhantes ao sangue menstrual da Deusa.O visco representa a simbólica substância divina e o senso de imortalidade que todos precisam possuir nos tempos de Yule.


A Tradição da Árvore de Natal tem origem nas celebrações Pagãs de Yule, nas quais as famílias traziam uma árvore verde para dentro de casa para que os espíritos da Natureza tivessem um lugar confortável para permanecer durante o Inverno frio. 


Sinos eram colocados nos galhos da árvore. Os espíritos da Natureza eram presenteados e as pessoas pediam aos elementais que as mantivessem tão vivas e fortes durante o Inverno como a árvore que recebia lindos enfeites.

O pinheiro sempre esteve associado com a Grande Deusa. As luzes e os ornamentos, como Sol, Lua e estrelas que faziam parte da decoração das árvores, representavam os espíritos que eram lembrados no final de cada ano. Presentes era colocados aos pés da árvore para as Divindades e isso resultou na moderna troca de presentes da atual festa natalina.

As cores tradicionais do Natal, verde e vermelho, também são de origem Pagã, já que esse é um Sabbat que celebra o fogo (vermelho) e usa uma Tora de Yule (verde).

Um pedaço de tronco que havia sido preservado durante todo o decorrer do ano era queimado, enquanto um outro novo era enfeitado e guardado para proteger toda casa durante o ano que viria. Os troncos geralmente eram decorados com símbolos que representassem o que as pessoas queiram atrair para sua vida.

A tradição da Tora de Yule perseverou até os dias atuais entre os Wiccanos, que fazem três buracos ao longe de um pequeno tronco e colocam três velas em cada buraco, uma branca, uma vermelha e uma preta para simbolizar a Deusa Tríplice.






Em tempos antigos pequenas bonecas de milho eram carregadas de casa em casa com canções típicas de Yule. Os primeiros Pagãos acreditavam que esse ato traria as bênçãos da Deusa às casas que fossem vistiadas pelas Corn Dollies.