Para se chegar a Avalon era preciso saber o encantamento que abriria as névoas e chamaria a barca que o levaria pelo lago até à ilha. Somente os iniciados e alguns homens do povo do pântano (que conduziam as barcas) sabiam o caminho para Avalon. Quem ousasse transpor as brumas sem saber o encantamento ficaria perdido, para sempre, vagando entre os dois mundos.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Morgana


Morgana era a irmã mais velha de Arthur. Filha de Igraine e Gorlóis da Cornualha.

 Ela foi criada em Avalon como uma sacerdotisa, segundo as ambições de Viviane, sua tia, Morgana seria a próxima Senhora de Avalon, ela tinha a linhagem real e era muito aplicada à Deusa e aos seus ensinamentos. 


Mas, depois da Cerimônia do Gamo-Rei, onde Morgana foi dada ao seu irmão Arthur em nome da Deusa, ela se aborreceu com Viviane e com o que foi obrigada a fazer e abandonou Avalon indo morar com Morgause e depois  para a corte de seu irmão.


Morgana também era apaixonada por Lancelot, mas este nunca a quis por ela ser sua prima e por ver em Morgana sua mãe Viviane. 

Morgana armou o casamento de Lancelot, e, com isso, afastou-o de Guinevere se vingando de tudo que sofrera até então. 

Morgana teve um filho com o rei Arthur (Gwydion ou Mordred) que depois de muito tempo voltou para Camelot e se tornou o conselheiro de Arthur até virar o grande herdeiro do trono depois da morte do filho de Lancelot.


Morgana foi expulsa de Camelot depois de roubar a bainha mágica de Excalibur e jogá-la no lago sagrado. Morgana não concordava com a transformação de Camelot num reino cristão e lutou com todas as suas forças para derrubar Arthur do poder. 

Ela fracassou em todas as tentativas dessa sua luta pessoal e perdeu com isso a amizade dos poucos que gostavam dela, 

Acolon, um consorte dela, morreu tentando derrubar o rei para Morgana, isso a deixou muito abalada e fez com que ela se exilasse em Avalon para a eternidade.

 Morgana morreu velha em Avalon que se perdeu para sempre nas brumas.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Povo das Fadas



Os celtas acreditavam que o festival  de Beltane era regido pelo Povo das Fadas, ajudantes da Mãe Terra em sua tarefa de florescer e frutificar.

É o tempo em que as fadas retornam de seu descanso de inverno, despreocupadas, risonhas e loucas por brincadeiras.


 Na noite anterior a esta festa, em tempos muito antigos, as pessoas colocavam ramos de macieiras nas portas e janelas de suas casas para protegerem-se de fatos inesperados que ocorriam naquela noite e que, na maioria das vezes, não tinham uma explicação racional.

Na Irlanda se acreditava que a comida que sobrasse da celebração não devia ser ingerida e deveria ser oferecida às fadas.


Há muitas tradições em relação à festa, inclusive fala-se de uma lenda que conta que na noite de Beltane quem se sentar embaixo de uma árvore poderá ver a Rainha das Fadas cavalgando em seu corcel branco ou ouvir os cascos de seu cavalo cruzar as montanhas durante a noite.


Uma lenda arturiana, afirmava de Guinevere (Ginebra), considerada por muitos como descendente dos duendes, cavalgava nesse dia para recolher plantas verdes e flores de espinheiro.

Oferendas ao Povo das Fadas:Usar fitas nas cores: laranja para prosperidade, rosa para amor, verde para abundância, amarela para cura, vermelha para proteção, preto para afastar o mal.


Se trata de uma época muito mágica, pois se diz que entre os dois mundos (humanos e das fadas) há uma linha muito tênue que os separa e qualquer um que adormeça embaixo de um espinheiro no primeiro de maio corre o risco de ser seqüestrado pelos duendes ao passar acidentalmente para o seu mundo.


Deixavam-se oferendas para o Povo das Fadas, pedindo-lhes a abertura da visão sutil e o conhecimento do uso magico das ervas e pedras.

Atividades para Litha ( Solstício de Verão )



Litha é o melhor momento para fazer rituais na praia, ao ar livre, praticar divinação e brincadeiras, assim como cantar em homenagem aos Deuses Antigos, dançar e contar histórias em volta da fogueira.
Essa é a noite do Poder Mágico.

Correspondência de Litha

Cores: laranja, amarelo, verde, azul, branco.
Deuses: todos os Deuses Solares e Deusas da fertilidade.
Ervas: sálvia, menta, basílico, cebolinha, salsa, alecrim, tomilho, hissopo, madressilva, urze vermelha, urze branca, lavanda, samambaia, visco, verbena, musgo, íris, sorveira, carvalho, abeto, pinheiro, sementes de anis, aveleira.
Pedras: rubi, diamante, conchas do mar, quartzo branco, âmbar, citrino, olhos-de-gato, topázio amarelo, turmalina amarela, peridoto, cornalina, calcita.

Atividades: 

Pular uma Fogueira, um Caldeirão com chamas ou uma vela.

Pintar Runas e outros símbolos mágicos em pedaços de madeira, conchas, papel, pedras; consagrá-los e pendurá-los em suas portas e janelas para proteção.

Colher ervas e plantas mágicas nesse dia.

Fazer um Bastão Mágico.
Fazer uma Cruz Solar e pendurá-la no seu jardim ou porta, decorá-la com elementos da Natureza.

Fazer uma Coleira de Bruxa (Witch’s Ladder) que represente a necessidade que você precisa alcançar.

Acender velas, fazer oferendas e libações ao Povo das Fadas.
Pendurar ervas na lareira, sala e cozinha para secarem.



Comidas e Bebidas 
Sagradas do Sabbat: 

Frutas frescas, vegetais frescos, patê de ervas, pães de cereais, vinho, suco, cerveja e água.

Fazendo um Roda Solar :

A Roda Solar é utilizada desde tempos remotos como símbolos do Sol.


É especialmente feita em Litha para representar o apogeu do Sol e colocada na Natureza como oferenda aos elementais ou pendurada em nossa casa como um amuleto protetor. 



Para fazer uma Roda Solar você vai precisar de: ·

Galhos e ramos maleáveis,
Fitas e símbolos mágicos relacionados à proteção.

Entrelace os ramos maleáveis fazendo uma circunferência.
No interior dessa circunferência estabeleça uma linha vertical, utilizando mais galhos e ramos.



 Faça uma linha horizontal, cruzando a vertical, formando assim uma cruz de braços iguais dentro da circunferência.

Enfeite sua Roda Solar com as fitas e os símbolos escolhidos.


Pendure-a em uma árvore, numa porta ou parede de sua casa, enquanto diz:

Pelo Terra e pelo Ar,
Pelo Fogo e pela Água,
Esta Roda Solar será pendurada.
Que Ela possa me proteger e todo o mal afastar
E que a Deusa e o Deus possam me abençoar.
Pela força e pela Magia e pelos poderes das Graças,
Que assim seja e que assim se faça!

sábado, 26 de novembro de 2011

Litha (Solstício de Verão)


No solstício de verão, o Sol está em seu ápice; ele mantêm o seu maior brilho e elevação. O meio de verão, como é chamado, é celebrado pelas bruxas e bruxos pela sua abundância e plenitude no ano, trazendo fetilidade à Terra.

Litha (pronuncia-se “líta”), é celebrado por volta de 22 de dezembro no hemisfério sul e por volta de 22 de junho no hemisfério norte (verifique a data correta anualmente). É o dia mais longo do ano, mas que também representa o declínio do Deus Sol. A partir deste dia, os dias vão ficando cada vez mais curtos, até chegarem ao ápice da escuridão no solstício de inverno. Por isso o solstício de verão era um marco que assinalava o início da metade escura do ano, ao contrário do solstício de inverno.

O solstício de verão é tanto um festival de fogo quanto um festival da água; o fogo sendo um aspecto do Deus e a água um aspecto da Deusa. O festival desenvolveu-se menos e tardiamente nos países celtas, pois estes não eram originalmente de orientação solar. Muitos dos costumes sobreviveram até os tempos modernos, como rolar colina abaixo uma roda pegando fogo. Como acontece em Beltane e em Samhaim, a fogueira é destituída de grande poder mágico.

A Deusa e o Deus estão no êxtase de sua união e vemos a Natureza cheia de frutos e flores belos. É o ápice do amor passional entre ambos; a Deusa reina como a Rainha do Verão e o Deus aproveita seu auge, pois depois começará o seu declínio até renascer no inverno.

Devemos nos lembrar que a mudança é a essência da vida, pois tudo carrega dentro de si a semente do seuoposto. O Sol está com seu poder no auge, mas a partir daí começa a decair. Vida e morte fazem parte de todos os aspectos na Natureza e em nossas vidas.

Para bruxas e bruxos modernos, o fogo é um aspecto central do festival do solstício de verão, assim como é em Beltane. Mas o caldeirão também é usado neste sabá, cheio de água, para representar a abundância da Deusa, e também nos remeter ao caldeirão de Cerridwen.
Outros povos antigos também festejavam a abundância do verão com festivais semelhantes: Vestália (Roma), Dia dos Casais (Grécia), Festa de Epona (País de Gales), Thing-Tide (Escandinávia), Alban Heflin (tradição anglo-saxã) ou a Dança do Sol (nativos norte-americanos).

Por causa do solstício, existem os trópicos de Câncer e Capricórnio. No solstício de verão no hemisfério sul, os raios solares incidem perpendicularmente à terra na linha do Trópico de Capricórnio. No solstício de inverno, ocorre a mesma coisa no Trópico de Câncer.

Alguns antigos costumes do Solstício de Verão

- Na Europa, as celebrações deste sabá foram absorvidas pela festa cristã de São João, cujo nome originou-se da erva usada com fins curativos e mágicos, como proteção ou para proporcionar sonhos e presságios.

As homenagens aos seres da Natureza ou às divindades naturais também foram sbstituídas pelas populares e folclóricas festas juninas.


- Antigamente, os casamentos eram celebrados em junho para garantir-se a fertilidade, sendo esta uma data muito propícia, embora diferente de Beltane, que era reservada aos ritos de fertilidade e ao Casamento Sagrado das divindades.










Os celtas e sua relação com a natureza



Como os celtas se relacionam com os elementos da natureza ? É uma religião xamãnica?

A primeira grande lição que os celtas nos dão é a da observação e do respeito pela natureza. Levavam sempre em consideração a Roda do Ano (estações), os elementos da natureza, os pontos cardeais, o Sol, a Lua, e valorizavam a energia de tudo o que os rodeava.

Eles reconheciam a energia dos elementos da natureza. A terra, o ar, o fogo, e a água são representações e formas diferentes de energia, e a partir desses elementos todas as coisas são formadas.

É o que chamamos de energia elemental, seres do mundo espiritual cuja tarefa é dirigir o poder divino para as formas da natureza.
As pedras, por exemplo, eram consideradas como as energias espirituais mais antigas da Terra, e guardavam ensinamentos profundos, que eram revelados quando eram reverenciadas.
Toda a Bretanha, Irlanda e Grã-Bretanha possuem pedras verticais espalhadas por diversas regiões, com tamanhos diversos. Os celtas se relacionavam com os elementos e com os seres elementais em seu cotidiano e em rituais de magia.

A própria mitologia celta nos dá provas disso quando relata histórias nas quais os heróis se perdem no Outro Mundo, repleto de seres elementais.

A religião celta possui algumas características xamãnicas, pois estava sempre em contato com a natureza e os seus espíritos. Para eles, por exemplo, os animais possuem dons especiais para a cura e sempre nos dão grandes lições de vida. Animais totêmicos representavam a tribo e serviam como proteção.

O ogham, alfabeto celta utilizado pelos druidas, é conhecido como alfabeto da árvore, no qual cada letra representa uma árvore com energia e características específicas.

Os druidas, como os xamãs, recebiam revelações por sua interação com o Outro Mundo, praticavam a adivinhação e faziam o uso do tambor, da dança e do cogumelo amanita buscaria em seus rituais.

Extraído da revista Sexto Sentido 44; 34-39

O papel da magia e da mulher na sociedade celta


Ana Elizabeth se formou em História e Estudos Sociais e há anos vem pesquisando as religiões e a magia dentro dos ciclos da humanidade.

Diz que foi atraída para a cultura celta pelo fato de que quando se fala em magia, principalmente no mundo ocidental, sempre existem referências a esses povos. 


Então, teve a idéia de escrever um livro com embasamento histórico e que contivesse as práticas e rituais de magia desse povo.

Qual o papel da magia na sociedade celta? 


Como a magia surgiu e se desenvolveu na sociedade celta?


Acredito que tudo foi se desenvolvendo de uma forma espontânea. 

Historicamente, foi através da observação da natureza que o homem criou a religião, passou a crer e a confiar em deuses, em energias superiores que pudessem protege-los em situações nas quais se sentia impotente.

O cotidiano celta era repleto de uma magia natural, que acontecia através da forma com que observavam o mundo. 


Para os celtas, os mundos físico e espiritual eram um único mundo; não havia separação entre o natural e o sobrenatural.

Eles enalteciam o universo natural, reconheciam seu valor na sua energia. 


A sua mitologia e religião estavam centraliza, representando o amor, a morte, a sexualidade e a fertilidade.

O celta percebia que todo homem pertence à grande teia da natureza, e que a vida é uma sucessão de novas experiências e descobertas.


 Alguns lugares eram considerados sagrados por possuírem uma energia especial, da mesma forma que algumas épocas do ano (estações) eram festejadas com os famosos sabás.

Pode-se dizer que a magia sempre esteve presente no cotidiano celta e podia ser praticada por qualquer um, apesar da existência dos druidas, sacerdotes organizados num clero.



Alguns autores e pesquisadores se referem à sociedade celta como matriarcal; outros não concordam com esse ponto de vista. 

O que você pensa a esse respeito !

Acredito que talvez o melhor termo a ser empregado é a de que a sociedade celta era semipatriarcal. Você pode achar estranho o termo, mas não é.


 Perceba que o povo era dividido em tribos que tinham o seu rei, o seu druida, e que esse povo tinha suas crenças religiosas ligadas à natureza, à Mãe Terra. 

Para o celta, a mulher era especial, e muito, porque era associada à Mãe Terra.

As mulheres eram vistas como aspectos vivos da criação, porque vivenciavam todos os meses com o ciclo menstrual, o processo da vida, morte e renascimento, além do poder de gerar vidas. 


Vou dar um exemplo: Dergflaith era um dos nomes célticos dado à menstruação, e significava “soberania vermelha”.

O vermelho representava soberania, poder, vida. Pense então nos mantos vermelhos dos reis.


 A menstruação tinha conotação de sagrado, porque acreditavam que a mulher se tornava ancorada e enraizada nesse período. 

Nos períodos de menstruação, as mulheres se isolavam numa cabana ou se dirigiam à floresta, compartilhavam sobre os problemas da tribo.



Outro ponto que pode ilustrar o poder feminino se refere ao ritual religioso e mágico hieròs-gámos (casamento sagrado), no qual uma mulher que tinha o poder mágico representava a Deusa e concedia aos reis e heróis grandes poderes.

Dentro da sociedade celta, a mulher dominava a religião.


 Podia ser uma guerreira e podia escolher o seu parceiro. 

Quando ela se casava, trazia para o casamento seus bens, e se eles fossem superiores aos do marido, ela se tornava chefe do casal. 

Há ainda uma coisa importante para se dizer com relação a concepção de união eterna e fidelidade, nem de traição.

No casamento, previligiava-se o amor, ao mesmo tempo em que o casamento era visto como um contrato que poderia ser rompido, pois existia o divórcio. 


São concepções interessantes para uma época tão distante porque, na verdade, a mulher celta era tudo o que a mulher de hoje “briga” muito por ser.

Extraído da revista Sexto Sentido 44; 34-39

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Imbolc


Imbolc / Candlemas / Brigid - Lua nova-crescente de agosto (HS)

Imbolc ou Candlemas ocorre entre o Solstício de Inverno e o Equinócio da Primavera. Com a aumento da força do Sol temos a promessa da chegada da Primavera.

A palavra Imbolc significa “no leite”, pois nesse período as ovelhas, vacas e cabras entravam em seu período de lactação e começavam a produzir leite. Isso era um indício claro da chegada da Primavera.

Em Imbolc a Deusa Brigida, Senhora do Fogo, da vida, do conhecimento, da poesia e das fontes sagradas era honrada por todos os Celtas.



Este Sabbath originou-se na antiga Irlanda, nas comemorações da Deusa Brighid, Brigid ou Brigith, homenageada como a "Noiva do Sol". Apesar de estarem no auge do inverno, este festival era dedicado ao aumento da luz e ao despertar das sementes enterradas na terra congelada. Na Roda do Ano, Imbolc é o oposto de Lughnasadh e festeja a Deusa como Donzela.

Imbolc ocorre seis semanas após Yule, simbolizando a recuperação da Deusa após o parto da criança solar e sua transformação em Donzela jovem e cheia de vigor. A Igreja Católica aproveitou o antigo significado pagão e transformou esta data na festa da Candelária, a Purificação de Maria. A própria Deusa Brighid foi cristianizada como Santa Brígida e seu santuário foi transformado em um mosteiro de monjas.

Brigidh ou Bride (pronuncia-se Bríd), era uma Deusa Tríplice, regente da Inspiração (arte, criatividade, poesia e profecia), da cura (ervas, medicina, cura espiritual e fertilidade) e da Metalurgia (ferreiros, ourives e artesãos). Por ser uma Deusa do Fogo, era homenageada com fogueiras, rodas solares, coroas de velas e rituais que despertavam ou ativavam o Fogo Criador. As lendas celtas descrevem-na como a Deusa em sua apresentação de Donzela tocando, com seu Bastão Mágico, a terra congelada pelo Cajado da Anciã, despertando-a para a vida e aumentando a luz do dia.


Imbolc é o momento ideal de banirmos todos os remorsos e culpas (sentimentos associados ao Inverno) e planejarmos o futuro para o próximo ano. Esse é um dos Sabbats mais poderosos, pois traz uma mudança pessoal profunda e transformadora. É tempo de limpar, lavar e purificar e se preparar para o crescimento e a renovação.



                Ritual de Imbolc para praticantes solitários


Seguem algumas dicas para a celebração deste sabbat. Logo abaixo você confere uma sugestão de ritual mais elaborado, para quem segue uma linha mais cerimonial.



- Imbolc é tempo de purificação: limpe sua casa, seu corpo, seus armários, doe o que não usa mais, presenteie as pessoas queridas com objetos que elas possam gostar etc.


- Faça você mesma sua cruz de Brigit e pendure-a sobre a porta da cozinha, onde ocorre a transformação dos alimentos. Somos o que comemos, portanto, abençoe sua comida.
- Doe comida para moradores de rua. Cozinhe para a sua família e celebre a volta da fartura após o inverno. Guarde um pouco para os pobres; não custa nada.
- Crave na porta de sua casa um triskle, símbolo da Deusa Tríplice, para que abençoe e proteja seus entes familiares e seu lar.


Se você deseja um ritual mais elaborado para celebrar este festival, segue uma sugestão para praticantes solitários.
Arrume o seu altar de acordo com a ocasião. Coloque a sua roda de velas no centro do altar. Ao lado, coloque a sua coroa de velas (se você for mulher). Acenda um incenso de manjericão, violeta, mirra, limão, camomila, benjoim, sálvia, rosas ou calêndula. Coloque seu cálice com leite ou água sobre o pentáculo. Decore o altar com muitas flores brancas.


Lance o círculo mágico da maneira como está acostumada, cantando alguma música de putificação que você tenha feito ou alguma outra que você goste (veja a seção de cânticos sagrados). Enquanta canta, vá varrendo toda área do círculo. Quando achar que já foi o suficiente para purificar o local, faça a seguinte invocação:




Brigit, filha de Danu
Brigit do fogo, da água e da inspiração
Toque sua harpa que é o instrumento de nossas vidas
Que eu ouça sua canção assim como todos os seres.

Acenda as velas da coroa e vista-a. Acenda as velas da roda e, a cada vela acesa, faça um pedido. Então diga:


Com as luzes eu abro caminho para         que a Primavera chegue
O Sol cresce cada vez mais e a esperança está viva.
Contemple as flores sobre o altar e diga:
Eu ofereço estas flroes à Donzela
Eu honro os espíritos da Natureza
O solo fica fértil e é terreno para novas sementes
Que nós sejamos todos abençoados.

Pegue seu cálice e eleve-o, dizendo:
Eu honro a Deusa Virgem e a luz crescente do Sol.


Beba o seu conteúdo, fazendo uma libação aos deuses. Entoe canções a Brigit ou leia algumas poesias inspiradas em voz alta. Canta, dance, festeje. Quando terminar, agradeça aos deuses e aos quadrantes, destraçando o círculo.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Ritual de Yule

Uma tradição originada no Reino Unido ( e mais tarde largamente difundida pela Europa) era praticada nos tempos antigos : "a Tora de Yule", um tronco de carvalho ou freixo era cortado e decorado com ramos verdes e cones de pinheiro, eles eram queimados na lareira para  simbolizar o retorno do Sol.

Um porção da "Tora" era guardada para  iluminar os anos seguintes de Yule, permitindo que a casa permanecesse aquecida durante  todo o ano. Alguns diziam que a "Tora" não só iluminaria como espantaria a má sorte e as assombrações.

Os pagãos modernos criaram um  modo mais atual de celebração em substituição à  antiga "Tora de Yule".
Se constitui num pequeno tronco que é usado como base pra apoiar 3 velas...Proceda da seguinte maneira: Descubra um pequeno galho de carvalho, freixo ou pinheiro e achate um dos lados. escave  3 buracos para por  uma vela vermelha, verde e branca (representando o  Inverno), verde, dourada e preta (o Deus Sol), ou branca, vermelha e preta (a Grande Deusa).


Decore com folhagens verdes (azevinho ou hera)  com suas favoritas, arcos vermelhos e dourados, botões de rosa, cravo e polvilhe com farinha branca. Esta Tora poderá então ser queimada, ou guardada para ser reutilizada no ano seguinte, redecorada com ramos  frescos.

Tire da árvore  apenas o necessário pra fazer a "Tora", e que seja pedida permissão á árvore e um presente seja oferecido a ela em troca(os celtas  por vezes ofereciam leite).


Ritual SugeridoTome um banho ritual e limpe o local da maneira habitual (varra com a vassoura ritual e passe pano molhado com desinfetante na área).

Lance o círculo da maneira habitual, invoque suas Deusas e Deuses pessoais. Então pegue a vela do Deus usada  no Samhain, de frente pro altar diga:"como esta vela representa o Senhor do Sol, sua morte e seu renascimento esta vela iluminará o seu retorno."Apanhe uma vela no altar e ilumine  a vela do Deus.

 Levando a vela do altar com você, circunde o  altar  movendo-se em volta da "Tora de Yule". acenda a vela dizendo:"Abençoda seja a Deusa em seu aspecto de Donzela, pura e jovem.


 Possa todo o mundo  renascer jovem como ela de novo"Acenda a segunda vela dizendo:"Abençoada seja a Deusa no aspecto de Mãe, amável e forte. Possam todos que vem do  útero Dela sejam fortes e frutifiquem"Acenda a terceira vela dizendo:"Abençoada seja a deusa no seu aspecto de Anciã, poderosa e sábia. Guardiã da Magia e da Roda Vital.


"Volte-se agora a Tora de Yule que foi acesa, ponha a vela no altar neste local. Volte de frente pro altar e de pé  com a face voltada pra Leste, fale estas palavras:
"Nesta noite o Senhor do Sol é renascido, a Deusa e o Deus estão reunidos. 


Como o Sol retorna  e faz a roda do ano girar mais uma vez, nós  honramos a Deusa eo Deus e o recém-nascido Deus, nosso Mãe e Pai."




Agora é tempo  de algumas atividades sazonais que você tenha planejado para esta noite, Magia não é realmente apropriada, faça  uma mentalização pela Paz, Harmonia, Amor e  aumento da Felicidade.

Outras atividades podem ser incluidas, tais como   cantos, decoração da àrvore de Yule. Ao acabar celebre com bolos e ceveja, então encerre o Círculo da forma habitual...

Extraido do site "Silver Wolf"s Lair"Tradução Deolinda...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Yule ( Solstício de Inverno )

21 de Dezembro) H. Norte / (21 de Junho) H. Sul


Esse é o Solstício de Inverno, a noite mais longa do Ano. A partir desse dia, o Sol se aproxima da Terra, e a escuridão do inverno ameaça ir embora. É quando a Deusa dá à luz seu novo filho, o Deus renovado e forte, ainda bebê. É importante notar que no hemisfério norte o Yule é comemorado na mesma época do Natal, e que tem significado muito parecido com o feriado cristão: o nascimento do Deus menino, filho de um Deus maior, aquele que trará a esperança à Terra.


O hábito de trazer pinheiros para dentro de casa é um hábito totalmente pagão: o Pinheiro, o azevinho, e tantas outras árvores tão utilizadas no Natal são árvores cujas as folhas perenes e sempre verdes, e por isso simbolizam a continuação da vida. Os sinos são símbolos femininos de fertilidade, e anunciam os espíritos que possam estar presentes. É desta data antiga que se originou o Natal Cristão.


As coroas que se colocam nas portas, e nas paredes representam a Roda Solar ou Sun Cross; maçãs, doces, azevinho, e fogueiras são outras caraterísticas de Yule.


Antigamente acendiam-se grandes fogueira nesta festividade, e dançava-se ao redor delas girando muitas vezes como uma forma de atrair as mudanças tanto internas como externas.
Podemos ver aqui a semelhança com a festa de São João e os motivos pelos quais a igreja a determinou, ainda que de uma forma bastante distorcida.


Posteriormente o tronco de Yule foi trazido para dentro das casas, e nele se talhavam sois, símbolos mágicos ou figuras masculinas, e era depois decorado com folhas.
Belém, a manjedoura, etc, não são nada mais que a recriação da “Caverna Sagrada” onde a Mãe dá a Luz à Criança-Sol; a caverna contêm em seu simbolismo a estabilidade da Terra e a sua energia, representando a quietude do inverno e a escuridão protetora que existe no interior do ventre da Grande Mãe.

Apesar de no Brasil termos o costume de dizer que trata-se do “primeiro dia de inverno”, a data por volta de 21 de junho simboliza o meio do inverno, ou seja, quando o inverno está no ápice. Tanto é que, originalmente, o nome é “middle-winter” (em inglês, meio do inverno).

Na noite do Solstício de Inverno, o Deus nasce para a sua mãe virginal. Vale lembrar que o significado original da palavra "virgem" é bem diferente da sua conotação moderna, ou seja, a mulher que nunca teve relações sexuais. Esse termo originou-se do Paganismo greco-romano, segundo o qual uma virgo intactus era uma mulher inteira e completa em si mesma. Ela não tinha necessidade de uma família para atingir a totalidade. Geralmente era uma sacerdotisa, livre para ter quantos amantes quisesse.



Celebrar o Solstício de Inverno é reafirmar a continuação dos ciclos da vida, pois Yule é o tempo de celebrar o espírito da Terra, pedindo coragem para enfrentar os obstáculos e dificuldades que atravessaremos até a chegada da Primavera. É momento de contar histórias, cantar e dançar com a família, celebrando a vida e a união. E de se acender fogo - fogueira, velas - como elemento mágico capaz de ajudar o Sol a retornar para a nossa vida, corações e mentes.

Para quem está em sintonia com a natureza e as forças divinas que existem dentro de nós, que esta seja uma linda noite de Yule e que o retorno da Luz ilumine as nossas vidas! 

Tabela básica das correspondências de Yule

• Incensos: Mirra e cedro.
• Cores: vermelho, verde, dourado, branco e prateado.
• Bebidas: vinho condimentado com especiarias, sidra com canela, chá de hibisco e gengibre.
• Ervas: Hera, Louro, Cedro, Alecrim, Pinho, Laranjeira, Nozes, Limões e canela em rama ao redor da árvore de Yule
• Comida: nozes e frutas como: maçãs, peras, tortas e bolos molhados com sidra, o famoso bolo-tronco de Yule.
• Tradições: Decorar a árvore de Yule, queimar o tronco de Yule, fazer coroas para proteger nossos lares.



Era um tempo ideal para colher o visco, considerado muito mágico para os Antigos Druidas, que o chamavam de o “Ramos Dourado”.


 Os druidas acreditavam que o visco possuía grandes poderes de cura e possibilitava ao homem mortal acessar o Outro Mundo. O visco é um dos símbolos fálicos do Deus e possui esse significado baseado na idéia de que as bagas brancas representam o Divino sêmen do Deus, em contraste às bagas vermelhas do azevinho, semelhantes ao sangue menstrual da Deusa.O visco representa a simbólica substância divina e o senso de imortalidade que todos precisam possuir nos tempos de Yule.


A Tradição da Árvore de Natal tem origem nas celebrações Pagãs de Yule, nas quais as famílias traziam uma árvore verde para dentro de casa para que os espíritos da Natureza tivessem um lugar confortável para permanecer durante o Inverno frio. 


Sinos eram colocados nos galhos da árvore. Os espíritos da Natureza eram presenteados e as pessoas pediam aos elementais que as mantivessem tão vivas e fortes durante o Inverno como a árvore que recebia lindos enfeites.

O pinheiro sempre esteve associado com a Grande Deusa. As luzes e os ornamentos, como Sol, Lua e estrelas que faziam parte da decoração das árvores, representavam os espíritos que eram lembrados no final de cada ano. Presentes era colocados aos pés da árvore para as Divindades e isso resultou na moderna troca de presentes da atual festa natalina.

As cores tradicionais do Natal, verde e vermelho, também são de origem Pagã, já que esse é um Sabbat que celebra o fogo (vermelho) e usa uma Tora de Yule (verde).

Um pedaço de tronco que havia sido preservado durante todo o decorrer do ano era queimado, enquanto um outro novo era enfeitado e guardado para proteger toda casa durante o ano que viria. Os troncos geralmente eram decorados com símbolos que representassem o que as pessoas queiram atrair para sua vida.

A tradição da Tora de Yule perseverou até os dias atuais entre os Wiccanos, que fazem três buracos ao longe de um pequeno tronco e colocam três velas em cada buraco, uma branca, uma vermelha e uma preta para simbolizar a Deusa Tríplice.






Em tempos antigos pequenas bonecas de milho eram carregadas de casa em casa com canções típicas de Yule. Os primeiros Pagãos acreditavam que esse ato traria as bênçãos da Deusa às casas que fossem vistiadas pelas Corn Dollies.


quarta-feira, 27 de abril de 2011

Oração à Mãe Terra/Gaya

Oração à Mãe Terra/Gaya

"Amada Mãe Terra Gaya,

Solo sagrado que nos acolhe,
louvamos e agradecemos por toda a vida gerada em todos os vossos reinos.

Hoje, depois de tantos ciclos, depois de tanto tempo...
Percebemos e sabemos o tamanho de vossa beleza,
a sacralidade de vossa pureza,
a magnitude de vossa grandeza;
a divindade de vossa natureza.

Nutridos e acolhidos em vosso amor divino,
Sabemos a simplicidade de nosso destino.

Perdoa-nos por todas as vezes que esquecemos a magnitude de vossa existência,
Por todas as vezes que deixamos de protegê-la, negando a tão sagrada consciência.

Terra sagrada das quatro estações, das oito visões, dos ciclos divinos que ensinam as grandes liçoes...
o tempo de semear, de cultivar, de crescer, de nutrir, de colher...
o tempo de mudar, de trocar, de partilhar, de deixar ir, de contemplar...
o tempo de ser, de viver, de saber; de morrer...

Terra sagrada dos ciclos da vida, Grande Mãe, tão amada e querida, Vos louvamos, vos agradecemos, Vos abençoamos e à vós prometemos:

Que vosso fogo incendeie nosso espirito;
Que vossas águas renovem nossos corações;
Que vossos ares libertem nossas mentes;
Que vossas terras nutram nossos corpos;
E assim seremos UM com vossa Presença!!!

E assim, sua alma será para sempre sentida e vivida dentro de nós,
E em unidade, honraremos a sabedoria e a vida que existe em Tudo. Na Terra, como no ceu! Amem

...Amada Gaya, recebei de nós, vossos filhos, a gratidão infinta.
Que possamos colocar no vosso sagrado coração todo o nosso imenso amor e todo o nosso absoluto reconhecimento."

(Sarah Tamar por Joanita Molina)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Mabon (Equinócio de outono )




O equinócio é o momento em que o Sol passa pelo equador celeste, quando o dia e a noite duram
 o mesmo tempo , ao contrário dos solstícios de inverno e de verão, quando o dia é mais curto em um e mais longo no outro.


 É um tempo de equilíbrio e balanço, mas as sombras começam a dominar a luz.


É tempo agradecer a Deusa (que é a Senhora de Abundância) pela colheita que nos sustentará pelos meses escuros do Inverno, onde se festeja a abundância da Mãe Terra. e se dá graças pelo que foi colhido e caçado.


Mabon marca o começo do Outono e é também a fase de ancião do Deus Sol que se prepara para morrer...
Ele está envelhecendo e morrendo lentamente, como as plantas colhidas da Terra.


Ele doou todo o seu poder aos seres humanos através das colheitas.



É um período de morte e renovação, quando as folhas ficam douradas e as hortas se reciclam.
Esse Sabbat é simbolizado pelo espiral duplo, um vai e outro que retorna, para nos lembrar que começamos a jornada pelo ponto mais escuro do ano e que a morte sempre é seguida pelo renascimento, da mesma maneira que o Inverno sempre é seguido pelo Verão.




É o recolhimento do Deus em forma de semente no ventre da Mãe e a promessa do seu retorno.
É hora de meditar sobre os projetos, a escolha das sementes (nossos sonhos) que serão plantadas no próximo ano.

Temos que soltar, deixar ir, pessoas, sentimentos e objetos que não tem mais significado em nossas vidas, pois isso é o que impede de alcançar aquilo que queremos, quando não conseguimos compreender que cada coisa tem seu tempo.
Os temas desse Sabbat são equilíbrio e ação de graças.



Atividade: Faça uma cornucópia da Abundância
A cornucópia, é um símbolo de generosidade, boa colheita e tem implicações mágicas bem-definidas.
O próprio chifre é um símbolo fálico, representante do Deus.


O interior do chifre simboliza o útero, especialmente quando está cheio de generosidade da terra fértil, e representa a Deusa.

Como Mabon é a Ação de Graças das Bruxas, é muito apropriado utilizar esse símbolo para enfeitar nossa mesa.

Faça ou compre uma cornucópia.
Encha de frutas, flores, grãos e moedas, de forma que eles sejam derramados sobre a mesa. Acrescente outras coisas mágicas, como folhas de louro, ou fitas com cores que representem a prosperidade.


Lembre-se a magia está no ato da confecção, colocando todo o entendimento e intenção de abençoar a mesa (os familiares e amigos) com prosperidade.





                                 Bebida Mágica de Mabon
· Sidra de maçã quente;
· Canela;
 Pequenas rodelas de maçã

A maçã rege o coração e é o simbolo da Deusa, a sidra representa o eu, por si só já é uma poção de amor.

A canela, é governada pelo Sol, representa a essência solar e, ao ingerirmos esta bebida aquecida, é como se estivéssemos ingerindo a união do Deus e da Deusa.



Este é um momento para sentir a gratidão por todas as dádivas recebidas, é um momento de partilha e comunhão entre todos com um banquete de abudância em honra ao Deus. 


Nesse encontro de familiares e amigos que tem como propósito o agradecimento, é feita a passagem do Cálice da Gratidão entre os presentes.
Um Cálice repleto de vinho é abençoado e passado a cada integrante da mesa.


Conforme o Cálice passa, as pessoas vão fazendo seus agradecimentos (sem beber do cálice). Quando todos tiverem agradecido por todas as bênçãos, o Cálice é passado, eles bebem e passam adiante.


Isso continua até a Taça esvaziar, todos bebendo em amor, bênçãos e gratidão a tudo.



Devemos também pedir pelos que estão doentes e pelas pessoas mais velhas, que precisam de nossa ajuda e conforto, assim como é a época ideal para prestar homenagens a nossos antepassados femininos, queimando papéis com seus nomes no caldeirão e lhes dirigindo palavras de gratidão e bênçãos.




                              Simbolismo


Esse sabbat (Sabá no Brasil), que ocorre entre o Primeiro festival da colheita (Lughnasadh) e o Ano novo pagão (Samhain), marca o início do outono, dia santo pagão de descanso da colheita e comemoração, uma época de agradecimento aos Deuses por tudo o que foi colhido e caçado. É uma época de equilíbrio, onde o dia e a noite têm a mesma duração.


Este é o dia de ação de graças do paganismo. Data onde os pagãos honram o Deus em seu aspecto de semente e a Grande Mãe em seu aspecto de Provedora.


O nome Mabon veio de um deus Celtas (também conhecido como Angus), o Deus do Amor. Esta é a ocasião ideal para pedirmos por todos aqueles que amamos, além de todos os que estão doentes ou velhos
.
                         Costumes e tradições


É tradição reunir os amigos para um jantar, a fim de celebrar a fartura e comemorar as conquistas.


Também é costume retirar um tempo para dar uma atenção à sua casa, como consertar objetos estragados, restabelecer os estoques ou simplesmente fazer uma faxina. 


É comum em algumas tradições realizar uma bênção na casa no dia de Mabon.


As noites já começaram a ficar mais longas, desde o Solstício de Verão; aproxima-se a época da partida do Deus para a Terra do Verão, deixando a sua própria semente no ventre da Deusa, de onde renascerá (mantendo o eterno ciclo do nascer-morrer-renascer).
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.




                          Ritual do Sabbat Mabon


Comece fazendo um círculo com cerca de 3m de diâmetro. No centro, erga um altar voltado para o norte. Sobre ele coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat, um cálice com água, uma faca, um prato de sal, pó ou areia, um sino de altar consagrado e um incensório.


Enfeite o altar com a decoração tradicional sagrada, como bolotas, pinhas, malmequeres, rosas brancas e cardo. 


As flores poderão ser arrumadas em buquês ou guirlandas para o altar ou para o círculo, ou reunidas em uma coroa colocada no alto da cabeça.


Salpique um pouco de sal dentro do círculo e, então, trace-o com uma espada cerimonial consagrada ou com uma vareta, dizendo:


" COM SAL E A ESPADA CONSAGRADA EU CONSAGRO E TRAÇO ESTE CÍRCULO DO SABBAT SOB O NOME DIVINO DA DEUSA E SOB A SUA PROTEÇãO. INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT."


Acenda a vela e o incenso. Toque três vezes o sino do altar com a mão esquerda para iniciar o Ritual do Equinócio e conjurar os espíritos elementais. Pegue o punhal com a mão direita, volte-se para o leste e diga:


" OH SAGRADOS SILFOS DO AR E REIS ELEMENTAIS DO LESTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CíRCULO CONSAGRADO."


Volte-se para o sul e diga:


" OH SAGRADAS SALAMANDRAS DO FOGO E REIS ELEMENTAIS DO SUL, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CíRCULO CONSAGRADO."


Volte-se para o oeste e diga:


" OH SAGRADAS ONDINAS DA ÁGUA E REIS ELEMENTAIS DO OESTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO."


Volte-se para o oeste e diga:


" OH SAGRADAS ONDINAS DA ÁGUA E REIS ELEMENTAIS DO OESTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO."


Volte-se para o norte e diga: 


"OH SAGRADOS GNOMOS DA TERRA E REIS ELEMENTAIS DO NORTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO."


Toque três vezes o sino e coloque-o de volta no altar. Estique o braço direito, aponte a ponta do punhal para o céu e diga:


" AR, FOGO, ÁGUA, TERRA, VENTRE DA VIDA, MORTE PARA RENASCER. A GRANDE RODA DAS ESTAÇÕES GIRA, O FOGO SAGRADO DO SABBAT QUEIMA. SOMOS TODOS CRIANÇAS DA DEUSA. E PARA ELA DEVEMOS RETORNAR."


Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e, depois, no prato de sal, pó ou areia e diga: 


"ABENÇOADA SEJA A DEUSA DO AMOR, CRIADORA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES. O CALOR DO VERÃO DEVE AGORA TERMINAR. A GRANDE RODA SOLAR GIROU NOVAMENTE. QUE ASSIM SEJA!"


Toque três vezes o sino do altar para encerrar o rito, afaste os espíritos elementais e agradeça à Deusa. Desfaça o círculo de maneira levógira com a espada cerimonial ou com a vareta.


Fonte: ‘Wicca – A Feitiçaria Moderna’, de Gerina Dunwich

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Os Celtas


Os Celtas
A natureza era a companhia do homem primitivo. Ela fornecia abrigo e alimento e, em retorno, a humanidade a reverenciava. 


As religiões primitivas louvavam as pedras e montanhas, os campos e florestas, os rios e oceanos.

A Voz da Floresta é uma ponte mítica entre o mundo dos deuses e o dos homens, entrelaçado com a veneração que os Celtas tinham pelas árvores.

Como uma representação do universo, as raízes das árvores habitam o solo, o conhecimento profundo da Terra. E o tronco une as raízes ao céu, trazendo este conhecimento à luz.

A bravura dos Celtas em batalha é lendária. Eles desprezavam com freqüência as armaduras de batalha, indo para o combate de corpo nu. 


Os homens e as mulheres na sociedade Celta eram iguais; a igualdade de cargos e desempenhos eram considerados iguais em termos de sexos. As mulheres tinham uma condição social igual á dos homens sendo muitas vezes excelentes guerreiras, mercadoras e governantes.

Os Celtas transmitiram a sua cultura oralmente, nunca escrevendo a sua história ou os seus fatos. Isto explica a extrema falta de conhecimento quanto aos seus contatos com as civilizações clássicas de Grécia e Roma. 


Os Celtas eram na generalidade bem instruídos, particularmente no que diz respeito á religião, filosofia, geografia e astronomia.

O nome Bretanha deriva do Céltico. O autor Grego Pytheas chamava-lhes as “Ilhas Pretanic” o que tem origem no nome que os habitantes da ilha tinham e se chamavam a eles próprios, Pritani. 


Isto e muito mais, foi mal traduzido para o latim o que deu Brittania ou Britanni. Os Celtas migraram para a Irlanda vindos da Europa, conquistando assim, os seus habitantes originais.

O catolicismo primitivo, tal como um furacão devastador apagou tudo o que lhe foi possível apagar no que diz respeito aos rituais célticos, catalogando-os de paganismo, de cultos imorais e tendo como objetivo a adoração da força negativa. 


Na realidade isto não é verdade, os celtas cultuavam a Mãe Natureza e quando os primeiros cristãos chegaram naquela região foram muito bem recebidos, segundo pesquisadores, a tradição céltica relata que José de Arimatéia discípulo de Jesus viveu entre eles e levado até lá o Santo Graal (“Taça usada por Jesus na Última Ceia”).

A crença céltica e druídica diziam que o homem teria a ajuda dos espíritos protetores e sua libertação dos ciclos reencarnatórios seria mais rápida assim.


 Cada pessoa tinha a responsabilidade de passar seus conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem igualmente aptas a entenderem a lei de causa e efeito, também conhecida atualmente como lei do carma.

Não admitiam que a Divindade pudesse ser cultuada dentro de templos constituídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas, principalmente onde houvesse antigos carvalhos, os locais de suas cerimônias, reuniam-se nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros.

Enquanto em algumas cerimônias célticas os participantes a faziam sem vestes os Druidas, por sua vez, usavam túnicas brancas. Sempre formavam os círculos mágicos visando a canalização de força. 


Por não usarem roupas em algumas cerimônias e por desenvolverem rituais ligados à fecundidade da natureza, por ignorância, por má fé ou mesmo por crueldade dos padres da Igreja, Celtas foram terrivelmente acusados de praticarem rituais libidinosos, quando na realidade tratava-se de rituais sagrados à Deusa Mãe.



Tomando posse de quase toda a Europa, os Celtas dividiram esse continente em três partes: a Central (teuts-land, q.s. terra de teut), a Ocidental (hôl-lan ou ghôl-lan, q.s. terra baixa) e a Oriental (pôl-land, q.s. terra alta); tudo o que estava a Norte dessas regiões denominavam de dâhn-mark (q.s. o limite das almas), que ía do Rio Don às Colunas de Hércules; aquele Don que os antigos franceses chamavam de Tanais e que era baliza para a ross-land (q.s. terra do cavalo = rússia).


fonte:www.misteriosantigos.com